09 agosto 2006

Sequenciais




Naquelas tardes em que as imagens eram capturadas e fragmentadas, decidi impô-las certo movimento, de forma que a passagem do tempo fosse, de alguma forma, materializada. A metáfora dos pássaros, que vem (e vão), é bem interessante neste contexto tanto cinza, tanta cor. Essas tardes leves, diríamos de purezas latentes, nos sorrisos das crianças que andavam nos balanços; dos senhores em seus barcos, pescando em pleno domingo, seja por seu ganha-pão, seu passa-tempo, ou suas vidas, mesmo; nos biguás que de forma solícita me disseram seus nomes.

Resolvi que estes seriam atores em algumas fotografias. E se estas são seleções, poderiam-se considerar "felizes" ou "preferidos".. Mas não, a imagem não está somente naquilo que mostra, mas também naquilo que se deixa esconder, que se encontra encoberto...

Algumas imagens estão somente em mim, e, ah, desculpem-me, mas eu não as posso dividir...






6 Comments:

At 7:28 PM, Blogger rafitzen said...

Muito boa tua descrição!

E sobre as imagens que ficam conosco, pelo menos nós as tentamos compartilhar através destas outras imagens-metáforas chamadas palavras :)

 
At 7:45 PM, Blogger titi said...

seguindo o comentário do rafa, as imagens que ficam conosco, tentamos compartilhar não só com palavras, mas também com momentos únicos e exclusivos com bons amigos

 
At 10:44 PM, Anonymous Anônimo said...

Algumas imagens, algumas belas palavras, é bom poder contar com amigos dispostos a compartilhar coisas tão preciosas.
Coisas que sempre trazem algo de especial para o mais normal dos dias.

 
At 3:15 PM, Blogger Fabrício Marcon said...

Eles vieram e, sempre juntos, se foram.

 
At 9:31 PM, Blogger Cynthia Martins said...

mesmo com toda essa vontade de compartilhar, o que é do teu imaginário, e se mostrou pra você, ninguém tira.
e todo esse segredo, os atores não deixam sair de dentro você.
são algo muito além da compreensão, das imagens e das retratações. é só entre você e eles. =)

 
At 2:38 PM, Anonymous Anônimo said...

É inacreditável que, invadidos por um manacial de imagens que freneticamente se joga sobre nós em nosso dia a dia contemporêneo, ainda podemos descansar os olhos e a alma com imagens como essa, essencialmente bonita, irresistivelmente inteligente.

 

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