31 julho 2006

matriz hora certa

Igreja Matriz Hora Certa

Por que a realidade é apenas uma concepção.

24 julho 2006

o louco do chapéu azul


foto divulgação - fonte desconhecida

Todos, ou quase todos conhecem a composição "Joquim", do Vitor Ramil. Segundo interpretações feitas a partir desta composição, o pelotense Joaquim Fonseca era considerado louco por querer fazer valer suas idéias muito à frente de sua época. Joaquim viveu entre os anos de 1910-1968, quando o avanço tecnológico recém se firmava no Sudeste do Brasil e, segundo a composição, suas idéias talvez ainda hoje, nos anos 2000, ainda sejam consideradas de vanguarda. Entre suas idéias, as que mais se destacaram foram a construção de um ônibus, quando no país só havia bondes, e a que mais repercutiu, e que repercute até hoje, a fabricação de aviões. Joaquim buscou os órgãos governamentais competentes para formar a primeira fábrica de aviões totalmente brasileira, porém, seu projeto foi rejeitado em uma época onde o ufanismo estava em alta. Indagações como esta deixam buracos na história de Joaquim e na da própria Pelotas, visto que hoje em dia, pessoas que acreditavam em suas idéias pensam que, se a fábrica de aviões fosse instalada, a cidade tomaria um rumo econômico e, conseqüentemente histórico, bastante diferente do que é hoje em dia. Prova disto está na discussão recente sobre nomear o aeroporto de Pelotas como “Joaquim Fonseca”, como forma de homenagear o cidadão, reconhecimento este que ele nunca recebeu em vida. Cabe a nós buscar a História de Joaquim Fonseca, e colocá-lo no merecido altar da História do Rio Grande do Sul. Os meios estão em nossas mãos e , em pouco tempo, nossos esforços estarão na mídia (se tudo der certo).


atual instalação da
Fábrica de Silenciadores Guarany,
fundada por Joaquim em 1945

18 julho 2006

experimentos

Tudo começou com uma indicação ao blog e a cada momento é um "tudo começou" de novo. Viva a vida! viva a experiência! viva a ciência e o amor. Eu sou um ser que ama e quando não ama tem vontade de amar. Por que trancar-se em um vazio sem fim se o amor te dá a oportunidade pra sair de ti mesmo e descobrir, conhecer, explorar um mundo sem fim que é o mundo dos outros, de vocês, de cada um? "que viva la ciencia, que viva la poesia, que viva siento mi lengua quando tu lengua esta sobre la lengua mia." Prometo ser um bom rapaz e postar coisas úteis e agradáveis aos olhos e à alma.

17 julho 2006

domingo no interior

Domingos sempre costumaram ser tediosos quando vistos pelos meus olhos. Justo este dia que inicia a semana e que famílias costumam passear no parque, andar no calçadão das praias, aproveitar o dia de sol numa das cidades mais acolhedoras pra se viver.
A maioria dos meus domingos eu não aproveitei o sol e nem passeei nos parquinhos da vida. Coisas assim, dizem meus pais, fizemos exaustivamente “quando você era pequena. Íamos todos os fins de semana”. Pode até ser, mas pra ter vivido eu deveria me lembrar, o que não acontece.
Enfim, como eu já escrevi por aqui, tenho visto coisas com olhos de primeira vez, o que me deixa cada vez mais curiosa e empolgada por fatos inéditos.
O último primeiro dia desta semana eu pude viver mais uma dessas experiências gostosas de um domingo. Experiência inusitada a começar pela hora que acordei: 5h30m da manhã. Creio nunca ter despertado tão cedo na minha vida em pleno domingo. Mas o motivo era nobre: um passeio bucólico por lugares desconhecidos do interior do Rio, mais especificamente o município de Guapemirim.
Nossa jornada começou cedo e às 7h10m da manhã eu já estava na estação de trem rumo ao centro do Rio. E já comecei me surpreendendo: como pode um trem já estar cheio em pleno domingo às sete da manhã???? Ou as pessoas acordam muito cedo ou eu durmo demais. Não é possível !
Chegando na Central do Brasil, nossa caravana de seres da cidade partiu em direção ao ramal de trens que nos levava ao município de Saracuruna. O trem partia às 8h30m, e seguimos numa viagem que durou cerca de uma hora.





Dentro do trem pudemos notar a estranheza que causamos. Crianças e adultos se entreolhavam e deveriam se perguntar: “Quem são essas pessoas vestidas desse jeito esquisito?” ; “O que é esse cabelo black power dessa menina.
Mais do que eles, eu me fazia inúmeras perguntas sobre lugares do meu Estado, que tão próximos, eram ao mesmo tempo tão distantes da minha realidade. Eu olhava pela janela, e observava as crianças,e o movimento dos vendedores ambulantes, e fotografava, etc, etc, etc.
Quando chegamos a Saracuruna, tomamos um outro trem, bem menor que o anterior, que nos levaria à Piabetá. Nesse trem mais estranheza no olhar das pessoas e curiosidade nos nossos. Uma senhora nos abordou e perguntou se éramos estudantes da PUC. Agora me digam por que diabos seríamos especificamente estudantes da PUC???
Parecíamos atração turística a bordo de um trem onde as portas mal fechavam e vidros nas janelas não existiam. E aquele era o único transporte que levava àquelas pessoas às suas casas.
Chegando à Piabetá, mais uma Kombi e uma van nos levaram finalmente à Guapemirim. Andamos muito, e pela estrada vacas, casinhas brancas no meio do nada, crianças, velhinhos, cachorros simpáticos, muitas pessoas de bicicleta e fotos, fotos e mais fotos.



Depois da terceira ponte e bastante suor achamos a cachoeira. Mais pausa pra fotos e depois uma trilha por um bambuzal e por pedras que nos levava até a cachoeira. Nos equilibramos em pedras dentro d´água, levamos cortes de bambu, sujamos nossos tênis americanizados e sentimos os pés na terra.



Depois de instalados comemos e fomos de encontro à cachoeira. Como é bom estar assim em contato com uma manifestação de Deus que está nos nossos olhos todos os dias e a gente não vê. Como crianças felizes brincávamos na água e fomos, pelas pedras dentro d´água, atrás de coisas pelo mato desconhecido.
Como puderam me privar de domingos assim?



A volta pra casa foi um pouco mais rápida a bordo de um ônibus que vinha direto pro Rio. Preferimos voltar de trem, mas o último havia saído às 16hs.
O local onde esperamos o ônibus que nos traria pro Rio é a praça de acontecimentos da cidade. Um letreiro luminoso divulgava a atração do dia: um telão na praça principal que transmitia o jogo Vasco e Flamengo.
No caminho a gente sempre reflete sobre o dia, sobre as coisas que nos acontecem e em como o contato com qualquer tipo de pessoa, de cultura diferente da sua, te faz acabar absorvendo um pouco do outro, te faz questionar alguns pontos seus e da outra pessoa. Você se pergunta como pode tantas pessoas viverem num lugar tão isolado onde só existem dois trens por dia???
Eu conversei com a cobradora da van e ela dizia que era nascida e criada em Guapemirim e que gostava dali. Eu a olhava com entusiasmo e pontos de interrogação nos olhos.
Por quê? Como eu ainda podia me questionar?
Eu tenho poluição, problemas e Rio de Janeiro pra viver. Ela tem cachoeira, natureza e Guapemirim. Cada um com seus mundos.

16 julho 2006

quitéria

As palavras do Rafa, no post abaixo, resumem muito bem a maravilhosa tarde que tivemos hoje na propriedade do Seu Renato, na Quitéria. Eu tinha escolhido outras fotos para ilustrar esse post, porém decidi pegar duas que se parecem com os desenhos do rafa, para que pudessemos fazer um debate imaginário. Espero que isto não faça perder a magia dos desenhos do Rafa.
O sonho do Seu Renato não será revelado por nós.
Só nós compartilhamos aquele momento com ele, e daqui pra frente, nossos objetivos (meu, do rafa e da bigatrice) estarão voltados para o sonho do Seu Renato.
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Quitéria

Muito prazer, Ocaña.
Sou um desenhador que reside atualmente em Pelotas.
Neste fim-de-semana, o programa foi um passeio em Rio Grande, esta cidade tão próxima mas ao mesmo tempo tão distante..

"Objects in mirror are closer than they appear"

Hoje estou aqui
numa cidade próxima.

É (ou pode ser)
a cidade mais distante
que eu já fui.

porque todo o rosto

que eu enxergo
me é estranho.


toda parede que eu
nunca mencostei
e bancos
que nunca sentei.


Isso foi em um bar.
No dia seguinte, paramos (eu, titi e bigatrice) na propriedade de um pescador, por mero acaso.

Havia dois cuscos e um senhor muito simpático que nos ofereceu café.

Segundo Seu Renato, Dona Quitéria um dia foi a dona de todas aquelas terras.
É ali, nos arredores de Rio Grande.

Havia esta casinha onde Seu Renato nos levou para falar sobre a pesca do siri...

...um barquinho com número serial...

... e esta casinha de joão-de-barro.


Diz o Seu Renato que o ninho, o João-de-barro constrói prevendo a direção do vento naquela estação.
A dona Maria-de-barro é quem aprova a construção ou não !

E esse negócio do vento estava certo, pelo menos no dia de hoje.

09 julho 2006

sinal para pedestre

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06 julho 2006

personagem vago


Aqui ele está sempre no meio do caminho para alguma coisa.